terça-feira, 23 de maio de 2017

ATÉ QUANDO, CATILINA?






            Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?  Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós? A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia? Nem a guarda do Palatino, nem a ronda noturna da cidade, nem o temor do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te? Não te dás conta que os teus planos foram descobertos? Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem? Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste? Oh tempos, oh costumes!
                     Cicero te pergunta, eu te pergunto e as gentes perguntam. Que respostas tu darás? Hasta quando nos farás esperar? Até quando tu dirás que eles sunt nesimțiți?

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