quinta-feira, 23 de novembro de 2017
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
DA, EU SUNT SAYFULLO SAYPOV, UZBEC
Sim, sou Sayfullo Habibullaevic Saypov, uzbeque, com orgulho, mas não sou criminoso. Não o fiz por querer, por medo e raiva. Não se mata nem barata, têm sua função. Poucos, pouquíssimos, se beneficiam com a morte. Senhores da vida e da morte. Desenham nosso destino. Quanto dinheiro enviado para a guerra, para a destruição! Eles nos calam. Ai de quem lavanta a voz. Digam-me, o que me resta? Não posso mudar o mundo, fazer refletir, sim. Quero isto. O mínimo. Não é muita coisa. Não quero seguidores. Reflexão, unicamente. A besta-fera, cara de cavalo em corpo humano, vocifera. Besta ladradora, encontrarás teu Palamades. A mim, nada resta. Esperar vingança, não justiça. Inda na masmorra esteja eu, do infante ao ancião, quero ver. Dar sua risada, tanto esquecida.
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