Eu me chamo Hipácia. Uma tarde em Alexandria. Março, 8, 415, era cristã. Quaresma. Estou vindo do Museu. Uma turba de monges e cristãos em fúria vêm ao meu encontro. Arrancam-me do carro, tomam-me nos braços e aos gritos, arrastam-me pelos cabelos nas ruas, rasgando-me vestes, conduzindo-me ao Templo Cesareum, transformado em templo cristão. Aqui insultam-me, dilaceram meu corpo com conchas marinhas até os momentos finais, quando nada mais vejo, nem ouço. Estou semi-nua e esvaindo em sangue. Em vão gritei por socorro. Nestas horas o homem é covarde, como covardes quem ultraja. Os seguidores de Cristo e seu bispo Cirilo me atiçam ao fogo, quando não mais sinto o calor das chamas. Assim agem os Cristãos e continuarão agindo per omnia seculum seculorum. O torturador Cirilo é hoje santo da Igreja. São Cirilo, que ironia, um torturador, santo. Será que todos seus devotos sabem disto? Por quê a Igreja esconde seus atos? Não respeitaram nem meus ensinamentos. Fui eu que tive a ideia e transmiti para eles a doutrina da Santíssima Trindade.
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