sexta-feira, 10 de agosto de 2018














                                                            Caminho longo, longo caminho. poeirento e sáxeo. Ando sobre os pedregulhos. Rangem sob meus pés. É preciso chegar. La, vem um carro de boi, cantando sua toada monótona no ranger do eixo na cantadeira, sob o chumaço, no rolar da rodas. São tantos e tortuosos os caminhos mas se há vencê-los, se há de amainá-los, torná-los dóceis à nossa passagem, mesmo sabendo que a cada passo vencido, se colocam mais pedras e empecilhos. Andar por ceca e meca pode nos levar a lugar nenhum. É preciso parar e pensar, embora nas tuas andanças nunca tenhas parado de pensar e até aprendido a pensar. Os franceses dizem que a viagens formam a juventude, mas desmancham as malas. Nada mais acertado, logo, parar, que não se tenha as malas desfeitas e não se possa carregar o conseguido em tuas viagens. 

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